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"The NEWS Dental Time", surgiu diante da necessidade em obter e compartilhar notícias relevantes e inovadoras a respeito da ODONTOLOGIA.

BOTOX (Toxina Botulínica) x Odontologia

A toxina botulínica, mais conhecida como Botox que é o nome comercial mais popular, se tornou um excelente meio auxiliar no tratamento odontológico.
Tem sua ação mais ampla e divulgada na dermatologia/estética, mas após pesquisas científicas e estudos de caso, foram avaliados os grandes benefícios do botox utilizado pelo cirurgião dentista na sua área de atuação.
Para melhor compreensão citamos algumas situações em que a toxina pode ser administrada com excelentes resultados:

  • Disfunções e dores na articulação têmporo-mandibular;
  • Apertamento dental;
  • Bruxismo (ranger de dentes);
  • Dores de cabeça de origem dentária (parafunção);
  • Sorriso gengival (exposição excessiva da gengiva).

Vamos descrever cada caso:

Disfunções articulares

Quantos já não buscaram uma consulta com o cirurgião dentista por sentir uma dor na articulação que fica próxima ao ouvido, ou por ouvir algum estalo ou desconforto durante a mastigação? A toxina é um meio auxiliar com fins terapêuticos e resultado satisfatório nestes casos e na maioria das vezes dispensa o uso da placa de relaxamento para dormir.
Bruxismo e apertamento dental
Quem não passa por estresse no seu dia a dia? Grande parte das pessoas erroneamente descarrega sua tensão através dessas duas atividades que causam grandes prejuízos dentários, musculares e ósseos. A toxina tem uma importante ação para bloqueio desses hábitos excessivos.Dores 
A toxina age diminuindo a hiperatividade muscular, reduzindo a contração inconsciente que gera dor.Sorriso gengival
Isso ocorre quando no momento do sorriso você demonstra mais de 3mm de gengiva. Esta exposição excessiva da gengiva se chama sorriso gengival e traz um grande desconforto estético para quem o possui. A toxina controla a quantidade que o lábio sobe durante o sorriso trazendo suavidade e delicadeza ao sorriso.
A aplicação é rápida e simples, desde que feita por um profissional capacitado para tal procedimento.

Dentistas são proibidos de usar botox para fins estéticos

Dentistas estão proibidos de usar a toxina botulínica, mais conhecida como botox, e o ácido hialurônico, aplicado contra rugas, para fins estéticos. O veto é do Conselho Federal de Odontologia, publicado hoje no Diário Oficial da União.

De acordo com a resolução, os dentistas podem usar a toxina somente em casos terapêuticos. O ácido está proibido em qualquer tipo de tratamento. O conselho argumenta que o preenchimento facial ou labial para correção estética não é atividade de cirurgião-dentista. Outro argumento é a falta de estudos sobre a segurança do uso dessas substâncias em tratamentos odontológicos.

O presidente do conselho, Ailton Morilhas, disse que o objetivo da resolução é reforçar o que o cirurgião-dentista está autorizado ou não a fazer. Segundo ele, o conselho federal não tem conhecimento de casos de uso irregular das substâncias por dentistas. “Antes de ocorrerem problemas decidimos nos antecipar. É proteger a saúde do cidadão”.

“A literatura até o momento não oferece condições seguras de utilização destas substâncias e há falta de evidência científica na área odontológica”, diz a resolução. “Não há nenhuma norma ou legislação que ampare o cirurgião-dentista no emprego de técnicas ou medicações para preenchimento facial ou labial em sua área de atuação, com finalidade eminentemente estética, com emprego de substâncias como ácido hialurônico e toxina botulínica”.

Segundo o código de ética da categoria, constitui infração quando o dentista oferece tratamento ao qual não tem capacitação ou executa, mesmo que em um hospital, cirurgia fora do âmbito da odontologia.

Fonte: http://www.correiodoestado.com.br/noticias/dentistas-sao-proibidos-de-usar-botox-para-fins-esteticos_123779/

Conselho de Odontologia restringe uso do botox entre dentistas

O CFO defende que as operações de correção estética não pertencem à área de atuação do cirurgião-dentista.

O texto ainda cita a falta de evidências científicas que suportem a aplicação do botox em odontologia e a ausência de condições seguras para o uso dessas substâncias na literatura médica.

A nova regra entra em vigor a partir desta segunda-feira. O botox ainda poderá ser usado em operações que sejam apenas para fins terapêuticos.

Já o ácido hialurônico não poderá ser usado em nenhum tipo de operação até que provas científicas esclareçam melhor o uso dessa substância na área de atuação de cirurgiões-dentistas.

http://www.viaeptv.com/epnoticia/piracicaba/saude/NOT,1,5,367202,Conselho+de+Odontologia+restringe+uso+do+botox+entre+dentistas.aspx

A boca no centro das atenções

A medicina não reparava muito nela e a odontologia cuidava apenas dos problemas localizados. Agora, as duas disciplinas se uniram para estudar a relação entre a saúde da boca e o que acontece no restante do organismo. E vice-versa

Aretha Yarak

Escovar os dentes, usar o fio dental e visitar o dentista a cada seis meses ajuda a evitar inflamações nas gengivas - problema que pode estar relacionado com outras doenças sistêmicas

Escovar os dentes, usar o fio dental e visitar o dentista a cada seis meses ajuda a evitar inflamações nas gengivas – problema que pode estar relacionado com outras doenças sistêmicas (iStockphoto)

A ideia de relacionar a saúde bucal com problemas em outras áreas do corpo surgiu no início do século XX. Nessa época, acreditava-se que infecções com origem na boca poderiam ser a causa direta de outras doenças – nascia aí a tese da infecção focal. “Foi uma catástrofe, várias pessoas tiveram os dentes arrancados desnecessariamente. A odontologia acabou sendo desconsiderada pela medicina”, diz Giuseppe Romito, professor titular de periodontia da Universidade de São Paulo. Acreditava-se, sem qualquer base científica, que arrancar os dentes com problemas evitaria que a infecção fosse disseminada.

Segundo o especialista, a meta agora é fazer com que a boca volte a ser entendida como uma parte integrante do corpo. Em outras palavras, os dentistas vêm tentando provar cientificamente que o que acontece dentro da boca tem uma relação direta com o funcionamento de todo o organismo.

Prova científica — Foi apenas na década de 1970, quando o dentista americano Steven Offenbacher realizou pela primeira vez um teste clínico que ligava processos inflamatórios na boca com a ocorrência de parto prematuro, que a relação boca e corpo começou a ser levada a sério novamente. Teria início, então, uma caçada científica por quaisquer relações com as demais inflamações do corpo. Dezenas de estudos conseguiram confirmar os achados de Offenbacher e encontraram ainda conexões dos males bucais com diabetes, doenças cardiovasculares, pulmonares, de próstata, osteoporose e câncer.

Quando começou suas investigações, Offenbacher pôde estabelecer apenas uma relação epidemiológica entre as inflamações na gengiva causadas por bactérias e parto prematuro. Hoje, no entanto, uma série de estudos conseguiu provar com mais precisão a relação entre essas duas condições. Em uma pesquisa publicada em 2007 no Journal of Periodontology, o especialista mostrou que quanto mais cedo se der a exposição às bactérias, maiores serão os riscos do parto prematuro. Nos dados coletados por Offenbacher, descobriu-se que a exposição com 32 semanas de gestação aumentava os riscos de parto prematuro 3,7 vezes. Com 35 semanas, o risco aumentava duas vezes.

Efeito cascata — As infecções bucais podem causar prejuízos aos demais órgãos por dois processos inflamatórios diferentes. No primeiro e mais simples, as bactérias alojadas na gengiva se deslocam pelo organismo e se instalam em determinados órgãos, prejudicando seu funcionamento. Nesse caso está o mais conhecido dos problemas, e o único que é, de fato, causado diretamente pela inflamação na boca: a endocardite bacteriana. “A bactéria da gengiva viaja pela corrente sanguínea até as veias coronárias (que levam sangue ao coração) e se alojam ali, infeccionando a membrana da válvula”, diz Rodrigo Bueno de Moraes, periodontista e consultor da Associação Brasileira de Odontologia (ABO). Em abril deste ano, a Academia Americana do Coração (AHA, sigla em inglês) publicou um artigo no periódico médico Circulationconfirmando que existe, de fato, uma associação entre a doença periodontal e a arteriosclerose (endurecimento das artérias). Apesar da relação, não é necessário que pessoas com boa saúde procurem um cardiologista a cada inflamação na gengiva.

Há uma segunda maneira pela qual as doenças bacterianas que ocorrem na boca repercutem em outras partes do corpo. Enquanto luta para exterminar as bactérias invasoras que tiveram origem na boca, o sistema imunológico libera diversas substâncias no organismo. Isso causa um desequilíbrio químico, elevando os níveis de substâncias que interferem no funcionamento de órgãos, do metabolismo e de sistemas inteiros do corpo. É o caso, por exemplo, do diabetes. O processo inflamatório na gengiva não causa a doença, mas ajuda a desequilibrar o balanço químico do organismo, dificultando, assim, o controle dos níveis de glicose. Mas a relação entre as condições é uma via de mão dupla. O diabetes, por si só, pode piorar quadros de inflamação gengival.

Em pesquisa publicada no periódico The Journal of the American Dental Association (JADA), o pesquisador IB Lamster descobriu que conforme o índice glicêmico de pacientes com diabetes perdia o controle, os efeitos colaterais da doença nas inflamações da gengiva ficavam mais sérias. Esse mesmo desequilíbrio químico pode estar relacionado ainda com problemas como câncer, parto prematuro e nascimento de bebês abaixo do peso, artrite reumatoide e obesidade. Prestar atenção ao que acontece na boca, está provado, pode ser não só uma boa maneira de evitar doenças, mas também detectá-las.

Saiba mais

DOENÇA PERIODONTAL
A infecção crônica de origem bacteriana que atinge a gengiva e os tecidos dos dentes. A doença é causada pelo acúmulo de bactérias entre os dentes e a gengiva, e pode levar à perda dentária. Problema dentário mais comum em adultos, a periodontite é ainda uma das doenças inflamatórias crônicas mais comuns no mundo. Sua forma inicial, e mais comum, é a gengivite, caracterizada por uma inflamação leve das gengivas — que ficam avermelhadas, inchadas e chegam a sangrar. A evolução da doença pode levar anos, causando a perda de tecido de suporte do dente — como o ósseo —, o que acaba por ocasionar a perda de um ou mais dentes.

 

Fonte: http://veja.abril.com.br/noticia/saude/a-boca-no-centro-das-atencoes

Visita ao dentista entre 0 a 3 anos de idade diminui cárie em 69%

Estudos comprovam que a mãe é a principal fonte de transmissão de bactérias bucais para os bebês, aumentando as chances de desenvolverem cárie e outros problemas bucais. O atendimento odontológico de zero a três anos de idade, quando realizado com frequência de quatro vezes ao ano, mostra declínio de cárie de 69%. Este e outros temas estarão no maior congresso internacional de pesquisa em Cariologia, Orca 2012, que acontece em Cabo Frio (RJ) em junho. É a primeira vez que o evento ocorre na América Latina

Mesmo coberta de carinho e boas intenções, a mãe pode transmitir ao seu bebê bactérias bucais que causam cárie, aumentando as chances dele desenvolvê-la na infância e na vida adulta, entre outros problemas decorrentes da doença. Dados do Ministério da Saúde mostram que, no Brasil, crianças de 18 a 36 meses já têm em média um dente cariado, sendo que no Sudeste, a ocorrência de cárie nesta faixa etária é de 31% a 39% e no Nordeste pode atingir 97%, reforçando a importância da prevenção já nesta idade.

A cirurgiã-dentista e pesquisadora Sonia Groisman afirma que hoje já existem diversas medidas odontológicas que previnem efetivamente a transmissão destas bactérias. O tratamento do bebê deve começar pelos cuidados com a saúde bucal da mãe, já na gestação, e continuar após o parto para os dois, garantindo benefícios em saúde e qualidade de vida que serão levados para toda a vida. Sonia preside o 59º Congresso da European Organisation for Caries Research (Orca), que acontece de 27 a 30 de junho em Cabo Frio (RJ).

Além dos cuidados já conhecidos em higiene bucal, o controle de consumo de açúcares, profilaxia dental e aplicação tópica de flúor, Sonia recomenda ações adicionais no consultório para diminuir o nível salivar de bactérias da cárie na mãe, o que reduz as chances de transmissão. É indicada a aplicação de gel de clorexedina (antimicrobiano), entre outros tratamentos que inibem a progressão das cavidades no esmalte dental, além de técnicas infiltrativas em lesões iniciais de cárie.

Já para o bebê, o ideal é que as visitas ao dentista sejam combinadas com as visitas ao pediatra, mesmo antes do surgimento dos primeiros dentes de leite. De qualquer forma, após a erupção dos dentes, a criança pode receber, de acordo com o seu risco, aplicações de verniz de flúor e/ou de clorexedina e outros tratamentos que estimulam a mineralização do esmalte.

“O atendimento odontológico de zero a três anos de idade, quando realizado com frequência de quatro vezes ao ano, mostra declínio de cárie de 69%. Além disso, a correta orientação da mãe pelo cirurgião-dentista é fundamental, inclusive para motivá-la a cuidar de sua própria saúde bucal”, diz a pesquisadora.

Orca 2012 – O 59º Congresso da European Organisation for Caries Research (Orca) é o mais importante evento do mundo em pesquisa em Cariologia e este ano acontece pela primeira vez no Brasil e na América Latina, de 27 a 30 de junho em Cabo Frio (RJ). O evento é presidido pela cirurgiã-dentista e pesquisadora brasileira Sonia Groisman (foto), pós-graduada em Cariologia e Periodontia pela Universidade de Lund (Suécia) e professora associada da Faculdade de Odontologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (FO/UFRJ).

O objetivo é apresentar o conhecimento das pesquisas clínicas científicas sobre as causas, diagnóstico, tratamento e prevenção da cárie dental, para que o cirurgião-dentista possa utilizar na sua atuação diária em consultório, assim como subsidiar novas pesquisas. Um dos destaques da programação é a palestra “Gap Between Knowledge and Research Implementation in Dental Caries”, por Samuel Moysés, doutor em Epidemiologia e Saúde Pública pela University College of London, além das apresentações de painéis de pesquisa.

No dia 25 de junho, acontece no Rio de Janeiro, o curso pré-evento “Contemporary Management of Caries for General Practitioners”, que abordará o diagnóstico precoce de forma bem prática para o cirurgião-dentista aplicar no seu dia a dia profissional.
O congresso tem o apoio do Conselho Regional de Odontologia do Rio de Janeiro (CRO-RJ), da FO/UFRJ e das prefeituras de Cabo Frio e de Arraial do Cabo.
Mais informações: 


http://www.orca2012.com e http://www.orca-caries-research.org 

Fonte: http://www.jornaldosite.com.br/materias/saude/anteriores/edicao177/saude177_6.htm

Como Funciona a Odontologia Forense

Em janeiro de 1978, ocorria uma caça a um dos mais notórios serial killers da história dos Estados Unidos. Ted Bundy estava preso em uma pequena cadeia em Glenwood Springs, Colorado, enquanto aguardava julgamento pelo assassinato de Caryn Campbell. Ele escapou serrando uma placa de metal no teto, rastejando por um espaço sobre a cela e saindo pelo apartamento do carcereiro, que estava fora naquela noite.

O serial killer Ted Bundy inspirou um filme com seu nome

O serial killer Ted Bundy inspirou um filme com seu nome

Após viajar por Illinois, Michigan e EGeórgia, Bundy chegou em Tallahassee, Flórida. Em 15 de janeiro de 1978, ele entrou na associação de mulheres Chi Omega, na Universidade do Estado da Flórida. Ele agrediu quatro alunas com um bastão e as estrangulou. Lisa Levy e Margaret Bowman morreram. Bundy também estuprou Levy e a mordeu, deixando marcas evidentes. 

Bundy foi recapturado em fevereiro de 1978 e depois julgado pelos assassinatos cometidos na casa Chi Omega. A marca de mordida foi a única prova física deixada na cena. Os investigadores fizeram moldes de gesso dos dentes de Bundy e isso mostrou que eram dentes desalinhados e vários deles estavam lascados. Um dentista forense conseguiu mostrar que esses moldes se igualavam às fotografias das marcas de mordidas no corpo de Lisa Levy. Essa prova foi útil para sua condenação; se Bundy não tivesse mordido Lisa durante o ataque, ele talvez nunca fosse condenado.

Odontologia forense na História

Um dos primeiros exemplos de odontologia forense envolve Agripina, a mãe do imperador romano Nero. Em 49 a.C. Agripina ordenou a morte de sua rival, Lolia Paulina, que competia com ela para se tornar a esposa do Imperador Claudius. Agripina exigiu ver a cabeça de Lolia Paulina como prova de sua morte, mas ela não teve certeza até notar a descoloração característica nos dentes da rival.

Outra incursão famosa da odontologia forense foi a de Paul Revere, que além de ser um ferreiro, também era dentista. Através das arcadas dentárias, ele ajudou a identificar mortos da Revolução Americana enterrados nos campos de batalha. Revere identificou o Dr. Joseph Warren, o homem que o havia enviado em uma famosa cavalgada, porque ele havia feito uma prótese parcial com arame de prata e pedaços de presa de hipopótamo.

O caso Bundy foi apenas um exemplo de como nossos dentes podem nos identificar. Dentistas Forenses (também conhecidos como odontologistas forenses) têm duas tarefas diferentes: identificar os mortos pelos dentes e determinar quem (ou o que) deu as mordidas quando as marcas são encontradas. Vamos começar pelo sistema usado por todos os dentistas para distinguir um dente do outro.

Tipos de dentes

Os dentes não são impressões digitais, pois não são únicos desde o nascimento. Quando crescem, ou irrompem, eles o fazem de modo diferente em cada pessoa. Os dentes crescem em média 4 micrômetros por dia, então é possível atribuir uma idade estimada baseada neles. Também é possível distinguir certas etnias, já que alguns asiáticos e nativos americanos possuem incisivos com as partes posteriores cavadas.

Os padrões da arcada também podem mudar com o tempo. Além de identificar as pessoas pelos seus dentes, é possível também aprender muito sobre o estilo de vida e hábitos pelo estado da arcada dentária.

Apesar de cada dente ter um nome diferente, nós temos vários de cada tipo. Por exemplo, uma arcada adulta inclui dois incisivos centrais superiores e dois incisivos laterais superiores. Logo, cada dente precisa de uma designação individual. Há vários métodos em uso para nomear os dentes, mas os três mais populares são o Sistema Universal, o Método Palmer e a anotação da FDI (Federação Dentária Internacional).

Nos Estados Unidos, a maioria dos dentistas usa o Sistema Universal. Neste sistema, cada um dos 32 dentes adultos possui um número. O número um é o terceiro molar superior direito, enquanto o número 32 é o terceiro molar inferior direito. Os 20 decícuos, ou dentes de leite, são designados pelas letras de A a K ou pela combinação número-letra de 1d até 20d.

Alguns dentes, como os molares, têm superfícies múltiplas. Cada uma dessas superfícies tem um nome. O centro do dente é a superfície de mordida, conhecida como oclusal. Essa superfície tem dois elementos: as cúspides, ou saliências, e os ranhuras, ou sulcos. A superfície mesial do dente é voltada para frente da boca, enquanto a superfície distal é voltada para trás. O lado voltado para dentro da boca é a superfície palatal na mandíbula superior (lingual na mandíbula inferior). A superfície do dente voltada para a bochecha é a bucal. Então, se você fizer uma obturação no distal do número 15, você saberá que isso significa a superfície voltada para a parte de trás da boca no seu segundo molar superior (ou molar dos 12 anos).

Surfaces of the back teeth

Quando você vai ao dentista fazer um check-up, ele usa uma tabela do Sistema Universal e faz uma anotação de cada dente para mostrar variações, como lascas, e intervenções dentárias, como obturações, coroas e pontes. O dentista também inclui observações sobre a saúde dos dentes, como gengivas recuadas, ou sinais de doenças periodontais. A maioria das consultas envolve o uso de raios-X, que também podem mostrar intervenções difíceis de perceber, como canais.

Na próxima seção, veremos como os dentistas forenses usam esses registros na identificação dos dentes.

Identificação dos dentes

Não existem bancos de dados de dentes como os bancos de dados de impressões digitais ou DNA, então, os registros dentários são o modo como os dentistas forenses identificam os mortos. O esmalte do dente (a camada exterior) é mais dura do que qualquer outra substância do corpo humano, por isso os dentes permanecem mesmo depois de todas as outras partes se decomporem. As vítimas de incêndios são freqüentemente identificadas pela arcada dentária, que pode resistir a temperaturas acima de 1.093°C. Dentes expostos a calor muito intenso tornam-se frágeis e podem encolher, mas eles podem ser preservados com verniz e usados para identificação, desde que manuseados cuidadosamente. Intervenções como próteses parciais ou coroas de ouro deformam com o fogo, mas ainda podem ajudar na identificação.

A identificação pela arcada dentária depende do registro do dentista da pessoa morta

©iStockphoto.com/Valentin Casarsa
A identificação pela arcada dentária depende do registro do dentista da pessoa morta

Para identificar uma pessoa pelos dentes, o dentista forense deve possuir um registro do dentista da pessoa morta. No caso de um incidente envolvendo muitas mortes, os dentistas forenses recebem uma lista de possíveis indivíduos e comparam registros para achar combinações. O exame de dentes em corpos intactos geralmente exige que se trabalhe em um necrotério para expor as mandíbulas cirurgicamente. Mesmo com apenas alguns dentes disponíveis, um dentista forense ainda pode fazer identificações positivas. As melhores comparações vêm de raios-X, mas mesmo sem isso, as anotações do dentista podem dizer se os dentes são os mesmos.

Os raios-X são o melhor modo de fazer combinações na odontologia forense

©iStockphoto.com/Günay Mutlu
Os raios-X são o melhor modo de fazer combinações na odontologia forense

A identificação de indivíduos sem registros dentários é muito mais difícil. No entanto, dentes quebrados ou faltando e coroas de ouro podem ser reconhecidas por amigos e membros da família do falecido. Pode-se determinar coisas sobre o estilo de vida da pessoa através de seus dentes: um fumante assíduo de cachimbo ou um tocador de gaita de foles possuem padrões distintos na disposição dos dentes. Costureiras e alfaiates, que geralmente colocam pinos e agulhas na boca, podem ter dentes lascados.

Além dos registros dentários, os investigadores forenses podem reaver amostras de DNA extraindo a polpa do centro dos dentes. Diferente do esmalte, a polpa pode ser danificada pelo fogo e outras condições, mas também pode durar por centenas de anos. A identificação por dentes é geralmente um último recurso e nem sempre é possível – algumas pessoas simplesmente não podem ser identificadas.

Os dentes e a peste negra

Os dentes têm sido usados para responder questões históricas, além de identificar vítimas. Durante anos, os cientistas e historiadores tentaram descobrir se os ataques de peste bubônica durante a Idade Média eram realmente causados pela bactériaYersinia pestis. A polpa era extraída dos dentes das pessoas supostamente vitimadas pela peste e o DNA era testado para detectar a presença da Y. pestis. Apesar de terem sido encontradas em alguns dos dentes, nem todas as supostas vítimas da peste tinham a bactéria. No fim das contas, algumas dessas pessoas haviam morrido de outras doenças.

Análise de mordidas

Apesar de o julgamento dos assassinatos Chi Omega ter tido a marca de mordida como peça central, geralmente esse tipo de prova é usada em conjunto com outras provas físicas. A análise de marcas de mordida é algo extremamente complexo, com muitos fatores envolvidos na habilidade do dentista forense de determinar a identidade do autor da mordida.

Marcas de mordida são traiçoeiras porque envolvem mais do que os dentes. O tempo pode afetar as marcas, assim como o movimento e a pressão.

©iStockphoto.com/Stefan Klein
Marcas de mordida são traiçoeiras porque envolvem mais do que os dentes. O tempo pode afetar as marcas, assim como o movimento e a pressão.

O movimento da mandíbula e da língua no ato da mordida contribui para o tipo de marca deixada. Dependendo do local, não é comum achar marcas onde os dentes superiores e inferiores deixaram impressões evidentes – geralmente um é mais visível que o outro. Se a vítima estiver se movendo, a marca deixada é diferente daquela sofrida por uma vítima parada.

Se o investigador vê algo semelhante a uma mordida na vítima, o dentista forense deve ser chamado imediatamente, porque essas marcas mudam significativamente durante o tempo. Por exemplo, se a vítima está morta, a pele pode se mover com a decomposição do corpo, fazendo com que a marca se desloque.

O primeiro passo na análise da mordida é identificá-la como humana. Dentes de animais são muito diferentes dos dentes dos humanos, então os padrões das marcas são distintos. Depois, a marca é esfregada com um cotonete para coletar DNA, que pode ter sido deixado na saliva do agressor. É preciso também determinar se a mordida foi auto-infligida.

Então, os dentistas forenses medem cada marca e fazem registros. Eles também solicitam muitas fotografias por causa da mudança natural das marcas. Hematomas podem aparecer quatro horas após a mordida e desaparecem após 36 horas. Se a vítima estiver morta, o dentista talvez tenha de esperar até que o estágio de lividez, ou parada do sangue, clareie e torne os detalhes visíveis. As fotos das mordidas devem ser tiradas com precisão, usando réguas e outras escalas para descrever a orientação, profundidade e tamanho da mordida. As fotos são, então, ampliadas, realçadas e as distorções corrigidas.

Finalmente, as marcas nas vítimas mortas são cortadas e retiradas da pele no necrotério e preservadas em um composto chamado formalina, que contém formaldeído. Só então os dentistas forenses podem fazer um molde de silicone da mordida.

São usados vários termos diferentes para descrever o tipo de marca:

  • Abrasão – um arranhão na pele
  • Artefato – quando uma parte do corpo, como o lobo da orelha, é removido com a mordida
  • Avulsão – mordida resultando na remoção da pele
  • Contusão – um hematoma
  • Hemorragia – uma mordida com sangramento profuso
  • Incisão – um ferimento limpo, nítido
  • Laceração – um ferimento perfurante

Além do mais, há vários tipos de impressões que podem ser deixados pelos dentes, dependendo da pressão aplicada por quem morde. Uma impressãoevidente significa que houve certa pressão, uma mordida óbvia significa pressão média; e uma impressão notável significa que a mordida foi feita com pressão violenta.

Um dentista forense pode descobrir muitas coisas sobre os dentes do mordedor baseando-se na marca deixada. Se houver um espaço vazio, a pessoa provavelmente não tem um dente. Dentes tortos deixam impressões tortas e dentes lascados deixam impressões irregulares e de profundidades variadas. Aparelhos e próteses também deixam impressões distintas.

Quando os investigadores identificam um suspeito, eles obtêm um mandado para fazer um molde dos dentes assim como fotos da boca em vários estágios de abertura e mordidas. Eles comparam as transparências do molde com o molde de gesso da mordida, e as fotos das marcas e os dentes do suspeito são comparados à procura de similaridades.

As análises de marcas de mordidas apareceram em noticiários recentes por sua natureza controversa. Veremos alguns desses casos em seguida.

Controvérsia da análise de mordidas

Em janeiro de 2007, o prisoneiro Roy Brown, condenado por assassinato em Nova York em 1992, foi solto. Brown foi um dos muitos prisoneiros liberados após análises de DNA os inocentarem de seus crimes, já que não eram disponíveis ou amplamente usadas durante julgamentos. No caso de Brown, a análise de marcas de mordida colaborou para sua condenação, mas o DNA da saliva deixada na marca indicou um suspeito diferente. Então, o que deu errado?

A marca de mordida no caso Brown mostrou seis impressões dos dentes frontais da mandíbula superior, embora ele não tivesse dois dentes na época. O perito testemunhou afirmando que Brown poderia ter mexido a pele da vítima enquanto mordia para fazer parecer que ele não tinha nenhum dente faltando. Apesar de seu testemunho não ter sido a única prova usada na acusação, ela contribuiu para que os jurados o considerassem culpado.

Apenas cinco anos antes, um homem do Arizona chamado Ray Krone foi solto após 10 anos cumprindo pena por assassinato. A testemunha de acusação afirmou que seus dentes e a marca de mordida achada na vítima se igualavam. A testemunha afirmou que eram “100 por cento iguais” [fonte: New Scientist]. Krone foi inocentado após o DNA de outro suspeito ter sido achado nas roupas da vítima.

 Marcas de mordida não são como impressões digitais e DNA - elas não revelam com toda certeza quem fez a mordida

©iStockphoto.com/Hans Laubel
Marcas de mordida não são como impressões digitais e DNA – elas não revelam com toda certeza quem fez a mordida

Casos como esses levaram os críticos a especular sobre a natureza das análises de marcas de mordida. Ao invés de fazer deduções a mais com base na marca da mordida, os dentistas forenses geralmente recebem várias informações sobre o suspeito antes de realizar suas análises. Isso pode fazer com que procurem provas inexistentes, apenas para preencher suas necessidades. Além do mais, os dentistas forenses podem dar aos jurados a impressão de que as marcas de mordidas são tão únicas quanto impressões digitais ou DNA, e não são. Apesar da afirmação da testemunha do caso Krone, não há provas para se responsabilizar um indivíduo por uma mordida com total certeza.

Hoje, alguns críticos acham que as análises de mordidas devem ser usadas apenas para eliminar, e não identificar suspeitos. Outros dizem que é aceitável afirmar a probabilidade de um suspeito ter criado a marca, mas é importante esclarecer que as marcas de mordida não podem ser a única coisa a ligar os suspeitos ao crime. O treinamento de dentistas forenses, assim como informar apropriadamente os jurados, também são fatores para não culpar um suspeito com apenas essa prova.

Após a exoneração de Brown, o chefe de odontologia forense, Richard Souviron, do Escritório de Exames Médicos de Miami-Dade, disse ao New York Times que “se você diz que uma marca só pode pertencer a uma pessoa no mundo inteiro e a ninguém mais, e você usa essa marca como a única prova para ligar um criminoso à sua vítima, então isso não é ciência, isso é lixo”. [fonte: New York Times]. Anthony Cardoza, co-autor de uma pesquisa de 1999 que mostra a confiabilidade das análises de marcas de mordida em condições específicas, admitiu: “a melhor marca de mordida é aquela que pode ser esfregada com um cotonete para procurar DNA”. [fonte: New Scientist].

Como tornar-se um dentista forense

Nos Estados Unidos, muitos dentistas forenses são certificados pelo Conselho Americano de Odontologia Forense. Há uma longa lista de qualificações para se obter essa certificação, incluindo.

  • Curso completo em escola aprovada, tal como o Instituto de Patologia das Forças Armadas ou a Escola de Odontologia da Universidade do Texas, em San Antonio;
  • Estar presente e participar das reuniões de organizações nacionais relacionadas à atividades forenses ou odontologia forense;
  • Trabalhar com um legista, gabinete de exames médicos ou polícia por ao menos dois anos;
  • Trabalhar em ao menos 25 casos de odontologia forense, incluindo 15 casos de identificação positiva e dois casos de marcas de mordidas.

 

Fonte:  http://pessoas.hsw.uol.com.br/odontologia-forense.htm

Estresse pode se manifestar na boca por meio do bruxismo

Imagem ilustrativa

O estresse pode ser definido como uma reação do organismo que reúne aspetos psicológicos, físicos, hormonais e mentais. Esta resposta é desencadeada em situações que exigem adaptação, eventos inesperados ou momentos de alerta. “O estresse pode ser positivo ou negativo. O primeiro se limita a fase inicial, como um aviso ao corpo. Já o negativo ocorre quando o indivíduo ultrapassa os seus limites e a capacidade de adaptação é esgotada, prejudicando a qualidade de vida”, explica Gerson Köhler, especialista em ortodontia e ortopedia facial da Köhler Ortofacial.

Considerado uma epidemia mundial pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o estresse causa sintomas psicológicos e físicos como dificuldades relacionadas à memória e concentração, tensões musculares, problemas de pele, infecções, dores e hipertensão. “O estresse também pode se manifestar na boca, com o surgimento do bruxismo, um hábito anormal, no qual a pessoa passa a ranger ou apertar os dentes de maneira intensa, involuntária e ritmada. O distúrbio é desencadeado por movimentos anormais da mandíbula e pode comprometer a estrutura facial”, esclarece.

O bruxismo, também denominado briquismo, atinge pessoas do sexo masculino e feminino em qualquer fase da vida. O especialista aponta que o hábito é extremamente destrutivo para os dentes, seus tecidos de suporte e as articulações da mandíbula. “A alteração nem sempre é diagnosticada. Estimativas sugerem que aproximadamente 20% dos portadores reconhecem o problema, um número pequeno comparado ao grande universo de indivíduos que sofrem com o apertamento de dentes”, destaca Gerson, professor da pós-graduação da Universidade Federal do Paraná (UFPR) desde 1988.

Existem dois tipos de bruxismo, o do sono (BS) e o da vigília (BV). O primeiro ocorre somente a noite, enquanto a pessoa está dormindo e o segundo é percebido durante o dia. O indivíduo pode apresentar os dois tipos, sendo que o da vigília afeta uma em cada cinco pessoas, de acordo com dados do artigo Neurobiological Mechanisms Involved in Sleep Bruxism. “Esta é pesquisa científica é importante e foi realizada por pesquisadores da Universidade de Montreal em conjunto com o Centro de Estudo do Sono do Hospital Sacré-Coeur e a Faculdade de Odontologia da Universidade de Toronto, todos localizados no Canadá”, acrescenta.

Além do estresse físico e emocional, fatores como sobrecarga e disfunção da musculatura mastigatória, alterações na articulação têmporo-mandibular (ATM) – que fica localizada entre as extremidades da mandíbula e o crânio, bem ao lado dos ouvidos -, perdas dentárias, fechamento incorreto da boca, problemas nas vias aéreas superiores e mau alinhamento dos dentes podem provocar bruxismo. “A musculatura facial é muito poderosa e atua sobre os dentes, os ossos que os sustentam e as ATMs. A força desnecessária destes músculos provoca uma sobrecarga excessiva, causando o bruxismo”, observa.

O zumbido também está relacionado ao bruxismo. Os apertamentos podem provocar a compressão de nervos presentes na região posterior do disco articular (o menisco) das ATMs, próxima às estruturas do ouvido. “A compressão estimula o envio de sinais ao cérebro que podem ser decodificados como uma sensação sonora na ausência de uma fonte externa, o zumbido. O barulho pode ser percebido na cabeça ou nos ouvidos e exige o acompanhamento interdisciplinar no diagnostico e no tratamento”, afirma Gerson, que faz parte do Grupo de Informação a Pessoas com Zumbido de Curitiba (GIPZ Curitiba) do HC/UFPR.

Entre os sintomas do distúrbio estão cansaço nos músculos faciais, desgastes excessivo dos dentes, dificuldades para abrir a boca, fraturas dentárias, dores nas articulações mastigatórias, estalos e travamento nas ATMS, dores de cabeça tensionais frequentes na região temporal e dores no rosto, pescoço, ouvido e até nos ombros. “Quando o bruxismo é diurno, as dores são mais intensas na parte da tarde. Se for noturno, as dores aumentam na parte da manhã”, enfatiza o ortodontista, especialista em ortopedia funcional dos maxilares.

O tratamento do bruxismo depende da intensidade dos apertamentos e do ranger de dentes, do período em que o distúrbio ocorre – de dia ou de noite – e das causas. Uso de placas interoclusais, tratamentos normalizadores ortodônticos e odontológicos fazem parte das estratégias indicadas pelos especialistas. “A prática de exercícios físicos também é fundamental. O ideal é consultar um profissional especializado para diagnosticar a causa e tratar a raiz do problema, proporcionando mais qualidade de vida aos pacientes e promovendo a saúde”, finaliza Gerson.

Gerson Köhler (CRO 3921 – PR)

Fonte: http://www.dentistry.com.br/article.php?a=1524

Dia dos Namorados com bafo de onça não dá!

Numa data tão especial para os namorados de todo o Brasil, o melhor é presentear o companheiro (a) com um sorriso saudável
e um hálito fresco. A Associação Brasileira de Odontologia (ABO) Nacional dá as dicas para aproveitar bem esse dia

Doze de junho é dia de receber e dar carinho. No Dia dos Namorados, nada melhor do que encher a pessoa amada de beijos, mas, para isso, é preciso estar atento ao seu hálito. Para curtir esse dia tão especial para os namorados, o melhor é não descuidar da saúde bucal e agradar o parceiro (a) com um hálito gostoso e um sorriso saudável. Para isso, a Associação Brasileira de Odontologia dá algumas dicas para os enamorados e para os que estão solteiros e querem aproveitar o próximo dia 12 acompanhados.

O mau hálito é conhecido cientificamente como halitose. Mais comum do que se imagina, pode ter consequências ruins para a sua vida, seja amorosa e até profissional. Para evitá-lo, alguns cuidados podem ser tomados. O primeiro passo é manter uma higiene diária da boca com escovação e uso de fio dental. É importante também visitar regularmente o consultório odontológico para que o profissional garanta que a limpeza dos dentes esteja sempre perfeita, evitando assim a formação de placas bacterianas que aumentam o mau hálito.

Outra dica importante é determinar se o seu hálito é fresco. A maioria das pessoas não tem consciência disso, porque o cérebro se torna aclimatado ao cheiro pessoal. A melhor maneira de auto-diagnosticar é observando a sua língua. Segundo os cirurgiões-dentistas, uma língua rosa brilhante indica um hálito fresco. Uma língua branca e de aparência escamosa pode indicar mau hálito. Lamba as costas da mão, deixe secar por alguns segundos, e depois sinta o cheiro da superfície. Assim é possível avaliar como está o cheiro. A respiração é também um fator essencial à saúde bucal, por isso observe se você está respirando pelo nariz. A ausência desse tipo de respiração pode sinalizar um problema de sinusite, desvio de septos, adenoides e rinite, caminhos para o bafo de onça.

Alimentos
Alguns alimentos podem provocar mau hálito, como alho, cebola, curry e peixes. Bebidas ácidas como cerveja, vinho, café e refrigerante também podem ser um gatilho. Elas contêm compostos que liberam o mau cheiro e são absorvidos pela corrente sanguínea. Limitar chocolates e doces é bom, pois o açúcar ajuda a bactéria a se reproduzir em sua boca, provocando o mau hálito.

E existem também os alimentos que corrigem o mau hálito. O chá verde tem propriedades anti-bacterianas que nocauteiam o mau cheiro. Canela contém óleos essenciais que matam muitos tipos de bactérias orais. Comer frutas e legumes, aipo ou maçãs, oferece dois benefícios: mastigá-los produz mais saliva na boca, e a textura firme ajuda a afastar bactérias. Melões, bagas, laranjas e outros alimentos ricos em vitamina C ajudam a matar as bactérias naturalmente. A água ainda é uma bebida considerada preciosa, quando o assunto é hálito. A água age removendo os restos dos alimentos que se acumulam na garganta, favorecendo a formação de um odor fresco. Caso tome todos esses cuidados e o mau hálito persistir, o melhor é procurar a ajuda de um cirurgião-dentista para saber a causa do problema e solucioná-lo.

Na hora do beijo…
Alguns cuidados devem ser tomados também na hora do beijo para evitar doenças como a Doença do Beijo. Cerca de dois bilhões de bactérias habitam uma única gota de saliva. Além delas, um vírus, o Epstein-Barr, que causa a mononucleose infecciosa, precisa apenas do contato direto da mucosa com a saliva contaminada para ser transmitido. A doença do beijo é caracterizada por mal-estar, febre, dor de cabeça e de garganta, aumento de gânglios, ínguas no pescoço e inflamação leve e transitória do fígado (hepatite). O melhor é sempre evitar os excessos, como alimentar-se e dormir bem. O mesmo cuidado vale para outras doenças que podem ser transmitidas pelo beijo, como tuberculose, hepatite e sífilis. O melhor é sempre manter a higienização oral frequente, pois ajuda a evitar outros problemas, como a transmissão de cárie, que também se aproveita da troca de saliva.

Como prevenir o mau hálito
– Realizar uma boa higiene bucal, incluindo nesta rotina a limpeza de sua língua
– Evitar intervalos superiores a 3 ou 4 horas entre as refeições
– Beber de 2 a 3 litros de água (ou outros líquidos) por dia
– Quem possuir próteses removíveis ou totais deve limpá-las após cada refeição, utilizando, de preferência, escova e produtos especiais
– Evitar o consumo excessivo de alimentos com odor carregado
– Evitar o consumo excessivo de café e de bebidas alcoólicas, especialmente se estiver estressado (a) ou ansioso (a)
– Seguir sempre as recomendações do cirurgião-dentista para manutenção da saúde bucal.

 Fonte:http://www.jornaldosite.com.br/materias/saude/anteriores/edicao178/saude178_2.htm

Higiene bucal é uma das armas para prevenir doenças do coração

Uma boca limpa e saudável ajuda a prevenir a ocorrência de outras doenças e o agravamento de algum mal já instalado. Hábitos simples de higiene bucal como escovar os dentes e o uso do fio dental diariamente podem manter a saúde e evitar problemas mais sérios como os cardiovasculares, perda de dentes e até o aumento nos níveis de colesterol ruim.

O professor de imunologia da São Leopoldo Mandic Marcelo Henrique Napimoga frisa que uma doença na boca causada pelas bactérias que habitam normalmente a boca, provoca reações imunológicas que podem piorar um problema já existente ou causar diversos males em outros órgãos do corpo, como por exemplo, o aumento da pressão arterial, indução de parto prematuro, nascimento de recém-nascido abaixo do peso, entre outras consequências.

“Um paciente debilitado em tratamento na UTI pode ter sua situação agravada se a família ou a equipe médica do hospital não higienizar sua boca diariamente. Existe um componente imunológico e individual que interfere na instalação e progressão de doenças gengivais, liberando mediadores inflamatórios na corrente sanguínea, levando componentes inflamatórios e bactérias para outras partes do corpo. Por isso, a importância da higienização diária e das consultas frequentes ao dentista”, frisa o especialista.

Pacientes fumantes ou com diabetes precisam redobrar os cuidados, pois são mais suscetíveis às bactérias nocivas sendo necessárias visitas com maior regularidade ao dentista para acompanhamento.

“O diabetes funciona no organismo como uma via de duas mãos: da mesma forma que o diabetes é agravado por uma doença gengival porque dificulta o controle dos patamares de açúcar no sangue, o diabetes agrava doenças bucais, intensificando a vigilância quanto à higiene da boca, reforça o professor de imunologia da São Leopoldo Mandic, Marcelo Henrique Napimoga.

Fonte: http://www.dentistry.com.br/article.php?a=1517

Uso de piercing na língua merece cuidados redobrados com a higiene bucal

Imagem ilustrativa

O interesse pela boa aparência vai muito além de vestir roupas da moda ou inovar no penteado dos cabelos, o uso de acessórios na cavidade bucal, principalmente o piercing lingual, tem se tornado bastante comum dentre os jovens nos últimos anos. Muitos usuários, entretanto, não sabem que deve haver cuidados especiais com a higiene oral para evitar que a vaidade vire um problema de saúde bucal, uma vez que a mucosa dessa região é bastante sensível, ao contrário da pele.

A cavidade bucal é um ambiente habitado por centenas de espécies de bactérias e que, por este motivo, qualquer peça ou acessório que possa reter alimentos e proporcionar um nicho desses seres, pode agravar ou proporcionar o surgimento de feridas, dentre outras consequências. O Profº e Odontopediatra da TopDent, Dr. José Eduardo de Oliveira Lima, comenta que não é contra ao uso do acessório, desde que o usuário redobre os cuidados, sobretudo, com a higienização.

De acordo com o especialista, em primeiro lugar, o interessado deve procurar um local adequado para instalar a peça, quer dizer, um profissional experiente que respeite todas as normas sanitárias. “O uso de instrumentos e materiais esterilizados ou descartáveis, um local apropriado e o uso de luvas associados ao conhecimento do profissional são algumas dicas que podem garantir a segurança e qualidade do procedimento”, diz Dr. Lima. Mas esse é só o primeiro passo, pois os cuidados diários com a higienização vão ser fundamentais para evitar complicações posteriores.

Pesquisas demonstram que boa parte dos usuários apresenta alterações teciduais que vão desde um simples processo inflamatório crônico até casos de lesões consideradas cancerígenas como a leucoplasia e displasia epitelial, por exemplo. Além das alterações teciduais, o piercing pode causar ainda: fratura dental, retração gengival, úlcera traumática, dor e inchaço, mau hálito etc. Por esta razão, os cuidados com a higienização devem ser redobrados para evitar esses problemas, de preferência com a supervisão do dentista.

“Ninguém precisa deixar de usar o piercing. Mas, para todos os tipos de peças na língua ou em qualquer outra área da cavidade bucal é aconselhável removê-lá pelo menos três vezes ao dia para higiene, com solução de clorexidina a 0,12%. Trata-se de uma substância bactericida que age na diminuição do risco de infestação de bactérias nocivas, diminuindo, conseqüentemente, o risco de infecções causadas pelo uso de piercing”, ensina o especialista.

Dr. Lima ainda reforça que o ideal, independente do uso de piercing ou não, é que todas as pessoas participem de uma odontologia de acompanhamento, assim como faz a TopDent, pioneira no setor. Ou seja, método que consiste em acompanhar o paciente desde os primeiros anos de idade e priorizar o equilíbrio biológico bucal, o que garante 99,8% de resultado na prevenção das cáries e outras doenças em qualquer idade. “Dessa forma é possível detectar qualquer alteração nos dentes e tecidos o mais breve possível evitando maiores conseqüências na saúde bucal e geral do indivíduo”, finaliza.

Fonte: Dr. José Eduardo de Oliveira Lima – Professor da USP e cirurgião-dentista especialista em odontopediatria da TopDent. Professor livre docente do departamento de odontopediatria, ortodontia e saúde coletiva da faculdade de odontologia de Bauru – USP. Professor nas áreas de graduação, especialização e pós-graduação, coordenador do curso de especialização em Odontopediatria.
http://www.topdent.com.br

Fonte: http://www.dentistry.com.br/article.php?a=1527